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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Estamos Juntos


Como todo filme nacional demorei pra conseguir ver esse, pois a distribuição nos Cinemas infelizmente ainda é bem problemática por aqui no Brasil. E quando se mora no interior a coisa complica. Tirando alguns trabalhos mais conhecidos como "Tropa de Elite" e algumas produções da Globo dificilmente algo pinta por aqui.

"Estamos Juntos" já tinha me chamado a atenção por trazer a Leandra Leal, atriz que admiro e acompanho desde seu primeiro trabalho em "A Ostra e o Vento". Só náo vi suas novelas porque admiração tem limites. Também por ser o novo filme de Toni Venturi dos interessantes "Latitude Zero" e "Cabra Cega". Ainda não vi "O Velho" (apesar de ter em alguma fita empoeirada por ai) mas confesso que não tenho o mínimo interesse por um documentário sobre o Luis Carlos Prestes assim como não pretendo ver o filme sobre o Lula, mas isso não vem ao caso.

O filme começa com uma linda imagem aérea de São Paulo, linda e imponente, até a camera pousar no meio de uma comunidade pobre da cidade e nos mostrar um pouco da realidade. Corte para a personagem de Leandra Leal, uma jovem médica que faz residência num hospital da Capital, que divide seu apartamento com um rapaz. Mesmo ele sempre disposto a ajuda-la, mesmo ela contando com a amizade de uma colega no trabalho (a sempre ótima Debora Duboc), e mesmo com o amigo Gay sempre por perto, a personagem de Leandra é notadamente uma pessoa solitária.

Logo surge a figura de um musico argentino com quem Leandra irá se envolver. O ator do mesmo é uma escolha equivocada, além de feioso, não convence como interesse romântico, muito menos como pivô de uma briga entre ela e seu amigo gay.

A fotografia do fime é exemplar porém não segura o roteiro um tanto quanto confuso e dificilmente sentimos algum tipo de interesse pelas personagens. Além do Argentino já citado, Leandra Leal tem uma persona ingrata, fria e egocêntrica. Apesar de fazer um trabalho comunitário a certa altura não se envolve com o mesmo e mantem-se distante. Saiu de uma cidade interiorana, abandonou a familia (e mente sobre ela) para poder seguir a carreira, briga com seu melhor amigo por bobagem e não consegue enxergar (ou enxerga até bem demais) que há pessoas a seu redor que se preocupa com ela. Não entro em mais detalhes para não revelar mais detalhes do fiapo de trama, que por vez me lembrou de "Um Golpe do Destino" com o William Hurt.

O filme parece que busca também a obrigação de ter um lado social. Por vezes a trama é desviada para tratar disso, por vezes com um aspecto documental que parece querer dar algum tipo de veracidade a história, mas que não combina com o filme e acaba por deixar o drama da personagem mais distante.

Bem, dificil se envolver com um filme quando não se envolvemos com os personagens. O Gay também é muito antipático, Dira Paes mal aproveitada não tem muito o que fazer (alias não tem nada a fazer). Débora Duboc até que tenta mas sua presença é pouca no filme. Lembrei me também de Ana Paula Arosio em "Como Esquecer" que também tinha outra personagem fria e antipática que não dava chance pro publico se envolver (mas ao menos aquele filme tinha um roteiro menos confuso e enigmático).

Uma pena, pois era um filme que tinha interesse, mas é um trabalho que não recomendo, apenas pra quem se interessa demais pelos cinema nacional ou por uma bela fotografia. Ou para aqueles que apesar de tudo ainda acham que um filme com a Leandra Leal ainda vale a pena ser conferido.

domingo, 9 de outubro de 2011

São Paulinos Infiltrados

São Paulinos que não conseguiram as disputadas passagens para o Rio nesse fim de semana que acontece a Parada Gay, aproveitando a folga de seu time são flagrados no meio da torcida rival.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Veja Só



Picasso ficou famoso pelas obras da sua chamada fase azul.
Sangue azul é uma qualidade reservada a aristocratas.
A terra vista do espaço é azul.
O blues é um estilo musical, criado pelos negros americanos, e fala d' alma.

Em inglês, blue também é sinônimo de tristeza, sofrimento.

O que nos leva a Tibério Azul, front man da "Mula Manca e a triste (fabulosa) figura" e ultimamente mais conhecido como vocalista da "Seu Chico" . Agora estreado em carreira solo. Uma boa notícia pra aqueles que sonhavam com a volta da banda após a sucedida empreitada Buarquiana. Há alguns dias atrás mostrou ao mundo , "Veja só", em forma de um belíssimo video clipe e agora acaba de lançar seu novo disco, Bandarra (Link pra download no final da materia)

Mas o som de Tiberio não é triste, exalta uma alegria que parece perdida no tempo. Não que não cite a trizteza. Há dor, um sofrimento inerente que permeia a cancão. Sensível que doi.

Mas por mais que lembre a saudosa banda (dificil desvincular, quando se trata do vocalista), aqui os erros e acertos podem ser atribuidos a uma unica pessoa. É Tiberio quem manda. É sua alma em estado puro, apesar das colaborações. É dele a ultima palavra.
Tibério já havia demonstrado seu apreço ao passado. Se antes havia uma envocação ao antigo Carnaval, a tristeza das marchinhas (sim, sempre tristissimas essas cantigas de Carnaval), aqui o clima é de vaudeville, um certo ar vintage. O som, embora datado, é sincero, soa como moderno.

E há poesia nas letras de Tibério. O misterio das letras, harmonicamente desconexas. Uma frase recortada, um verso incompleto. São poucos os letristas nacionais qie podem gabar-se das letras funcionarem sem a musica. Cazuza é um bom exemplo disso. Renato Russo, apenas pra citar um mais popular e famoso, e seus versos de auto ajuda barata ganham forças pela pela voz e melodias, mas não funcionam como poesia.

Aqui você pode baixar a versão acustica de "Bandarra" (que dá nome ao disco) e que já é um dos discos fundamentais do ano.

Mas não perca mais tempo, para fazer o DOWNLOAD do mesmo é só clicar aqui.



terça-feira, 5 de abril de 2011

Tiê - A Coruja e o Coração (ou o Coração da Mamãe Coruja)



Muito se falou das mudanças de sonoridade entre o primeiro e o segundo recém lançado CD da cantora Tiê, porém as mesmas podem ser analisadas pela capa. Enquanto o primeiro CD “Sweet Jardim” , todo em preto e branco apenas com o desenho de um passarinho (referência obvia) o segundo “A Coruja e o Coração” tem a capa branca, com o desenho da artista e alguns tímidos detalhes coloridos.

Se no primeiro predominava o domínio da cantora nas composições no novo apenas “For you and for me”e “Te Mereço” são assinadas exclusivamente pela artista. Não por acaso esta ultima, uma continuação de “Te valorizo” e com sonoridade mais próxima do primeiro disco, fecha o novo trabalho e serve de ponte entre ambos.

Além das parcerias nas letras desta vez são 3 as regravações (o primeiro trazia em uma nova tiragem a singela e honesta cover de “Se Enamora”), sendo duas recentes e até certo ponto óbvias: “Mapa Mundi” do Thiago Pethit e “Só sei dançar com você” da Tulipa Ruiz, ambas lançadas no ano passado. A terceira, já mais ousada eque vai dividir opiniões é o sucesso popular também recente “Você não vale Nada” (aquela mesma que você deve estar pensando). Voltarei a ela depois.

Mais parcerias, vários instrumentos, 3 Covers. Apesar de tudo as canções continuam intimistas como a do primeiro trabalho. Não sei direito mas escrevendo essa resenha me lembrei do filme “Encontros e Desencontros” da Sofia Coppola (se bem que o titulo original “Lost in Translation” vem mais a calhar).

Tiê foi feliz a expandir suas idéias. As parcerias trouxeram novas texturas e ela sabiamente conseguiu sobressair-se a elas.

“For you and for me” a única em inglês tem um clima e levada a lá Velvet Underground. Fiquei esperando Nico entrar com sua voz, mas tão imediato a canção foi se tornando uma legítima musica da Tiê.

“Hide and Seek” com participação de Helio Flanders e que antes tinha aparecido na Internet com letra totalmente em inglês agora mantem apenas o “yes” do começo (ponto pra cantora) e tem uma levada que combina com a próxima canção a já comentada cover de “Você não vale nada”.

Por trás de toda a breguice de “Você não vale nada”, Tiê deve ter percebido uma oculta delicadeza, assim como Zeca Baleiro ao regravar “Proibida pra mim” do enfadonho Charlie Brown. Poderia ser um tiro no pé, mas a bizarrice da mesma, auxiliada pela textura flamenca tornou a musica apropriada e divertida. A letra furiosa contrasta com a voz delicada da artista como se fosse aquela pessoa te dando um fora e gentilmente (ou cinicamente) dizendo que o problema e com ela e não com você. Um tapa com luvas de pelica.

“Te mereço” já comentada e que fecha o disco remete diretamente a sonoridade de “Sweet Jardim” e espertamente convida o ouvinte a ouvi-lo novamente. Um modo esperto de perceber a similaridade entre ambos os trabalhos é colocar ambos pra tocar aleatoriamente, uma musica de um e outra do outro.


Assim , Tiê que já tinha lançado um belo trabalho de “estreia” em 2009 dá um passo à frente, deixando para trás o fantasma do segundo disco e entregando um trabalho mais sólido e consistente, sabendo utilizar as ricas parcerias musicais sem deixar-se descaracterizar ( um perigo quando se trabalha com talentos como Jorge Drexler, Thiago Pethit, Helio Flanders e Karina Zeviani, que aqui trazem suas influências, mas o domínio da obra é totalmente de sua idealizadora).

De ruim, assim como o primeiro apenas a curta duração (herança dos trabalhos de jingles da autora ? ). De qualquer forma, o melhor é ainda deixar o trabalho amadurecer mas dá pra esperar ansiosamente pelo terceiro trabalho, que tenho a teoria que é sempre o auge do artista.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Q




O DISCURSO DO REI

Ok, não teve jeito, "O Discurso do Rei" foi o grande ganhador, com os prêmios de Filme, Diretor, Ator e Roteiro Original. O filme pode ser definidido como a "cara do Oscar". Produção impecável, bem dirigido, fotografia perfeita, atuações marcantes, roteiro excelente. Praticamente um filme perfeito. O ponto negativo, se é que se pode ser definido assim é que é uma produção "antiquada" para os padrões modernos. Mas mesmo isso não foi barreira para o filme.

Colin Firth, que não é tão conhecido do grande publico e que no ano passado teve grande chance de levar o Oscar pelo seu papel em " Direito de Amar" repete o feito esse ano, e não deu chance para seu concorrente direto , o jovem Jesse Eisenberg (A rede social) mas este é jovem demais para levar um Oscar, que sempre preferiu os atores mais velhos.

A REDE SOCIAL

O Grande filme do ano. E também dos maiores criticados. Alguns o acusa de ser um filme frio, mas isso é mais reflexo da personagem principal (e toda a geração que ele representa) do que do filme em si. Sem desmerecer o grande filme que "O Discurso do Rei" é, "A Rede Social" é um retrato dessa nova geração e dos tempos que vivemos. Porém é daqueles filmes que só vai ser devidamente reconhecido daqui a alguns anos.

Fui assistir o filme sem esperar nada demais (apesar do nome de David Fincher dar uma certa segurança), afinal não conhecia a historia do Facebook e um filme inspirado numa rede social me parecia algo como adaptar um jogo como "Pac Man" para o cinema. Felizmente "A Rede Social" tem um roteiro excelênte e diálogos rápidos e certeiros. A cena inicial, onde a personagem discute com sua então namorada tem um texto primoroso. E os demais diálogos são feitos na medida certa de irônia e perspicácia.

É daqueles filmes que o expectador comum entende, mas é necessário um olhar apurado para se dar conta de toda a genialidade por trás dele, o que explica a grande revolta das pessoas quando bem elogiado. Sem exageros, pode se afirmar que é o grande filme americano dos últimos anos.

Se "O Discurso do Rei" era a aposta certa no ultimo mês com a notabilidade recente nas premiações (afinal ganhou do Sindicato dos Diretores que vem antecipando os ganhadores nos ultimos anos), ""A Rede Social" poderia levar o prêmio, afinal a Acadêmia vem premiando filmes mais "independentes" nos ultimos tempos (o fraquíssimo "Guerra ao Terror" e o ótimo "Onde os Bravos não tem vez" para citar os mas recentes).

Seria na minha vista um Oscar justo, dado a atualidade do tema e a importância do mesmo.

O CISNE NEGRO

Grande momento de Darren Aronofsky, que ultimamente anda acertando comercialmente. Esse filme de Terror psicológico parece não ter grandes chances diante de "A Rede Social" e "O Discurso do Rei" , mas é um excelente triller, cheio de significados e interpretações. Apesar de previsível (ainda mais para aqueles acostumados com esse tipo de filme) o filme trás interpretações magistrais e Natalie Portman foi barbada como melhor atriz, em um papel compexo e controverso.

Parece ser um pouco ousado para os padrões da Academia, mas ultimamente eles votam mais pela propaganda em si do que assistem realmente o filme (já que a grande maioria é velha demais para ir ao Cinema) e portando a fama pode ter dado o Oscar para Natalie, que está em seu melhor momento da carreira. Curiosamente a Academia premia atrizes jovens em detrimento as mais velhas , o contrário do que acontece com os atores. Sua grande concorrente era Anette Bening que está excelente em sua terceira indicação por "Minhas mães e meu pai" (mas será ela já velha o suficiente para o Oscar ?).

127 HORAS

Danny Boyle novamente prova que é um grande Diretor. Depois do Oscar pelo ótimo "Quem quer ser um Milionário" eis que ele retorna com uma história difícil de ser contada, mas que consegue manter o ritmo com maestria. É praticamente um filme de um só ator, James Franco (o "Duende Verde" de Homem Aranha) que consegue manter o interesse do filme durante todo o momento. Danny Boyle consegue deixar uma história previsível e maçante em algo empolgante, embora uma verdadeira tour masoquista.

Espertamente Boyle não cometeu o mesmo erro de Robert Zemicks em "O Naufrago" (uma referência obvia) e terminou a história no momento certo (na primeira montagem o filme continuava). Filmaço, ainda que para poucos. E bota poucos nisso !

O VENCEDOR

Novamente o nome de Arronovski, cada vez mais Hollywoodiano. Desta vez como produtor. Ele mesmo ia dirigir o filme , mas acredito que percebendo a semelhança com o anterior "O Lutador" resolveu passar a direção para outro. Mas o estilo é totalmente dele, desde a fotografia aos movimentos de camera, guardando pouca semelhança com os trabalhos anteriores do diretor David O. Russel.

Curiosamente , ao contrario de "O Lutador", um grande filme prejudicado pela atuação canastrona de Mickey Rourke, este aqui é um filme mediano valorizado pelas grandes atuações de Christian Bale e Melissa Leo, não por acaso os vencedores na categoria de coadjuvantes. Teve também uma outra indicação supervalorizada para Amy Adams (aqui menos "fofinha" do que de costume) como coadjuvante, concorrendo com a vencedora Melissa Leo. Mark Wahlberg continua ruim como de costume, ainda que as outras boas interpretações (até do coro grego das filhas) ajudam a disfarçar.

Mas " O Vencedor" é daquelas produções certinhas e agradáveis de assistir, com todos os cliches de filmes americanos sobre Superação, ao estilo que a Academia costuma gosta. Um Rocky com mais sensibilidade. Não foi dessas vez que "Touro Indomável" foi superado como o filme definitivo de "Boxe".

A ORIGEM

Christopher Nolan se afirma como um dos maiores diretores da atualidade com essa excelente produção de Ficção Científica, com roteiro elaborado e aliada a efeitos especiais de primeira que contribuem ainda mais com a história. E claro ganhou os prêmios tecnicos como mixagem de som, efeitos especiais. Foram ao todo 4 prêmios, empatando com o grande Vencedor "O Discurso do Rei", porém de menor importância.

A Origem é um filme complexo e cheio de significados, porém pode ser assistido sem medo pelo espectador comum, que terá nele entretenimento de primeira. É isso também que o torna um grande filme, que agrada a vários tipos de publico, o que se interessa por filmes mais elaborados e o que procura o cinema apenas para escapismo. Porém, assim como em "A Rede Social" isso pode fazer com que o espectador com uma menor bagagem cultural (note-se, nada a ver com inteligência, são coisas distintas) não enxergue toda o conteudo. Algo tipo o que aconteceu com "O Iluminado" e "Blade Runner" no passado. Mas o tempo dará ao filme o Status que ele já merece.

Uma comparação preguiçosa é achar o filme parecido com Matrix apenas pelo fato de que o filme se passa em sua totalidade dentro da mente do protagonista (ou não), E não é necessário ser fã incondicional de Ficção para gostar do filme (eu particularmente não sou, apesar de gostar de algumas obras isoladas). E os Efeitos especias e a fotografia realmente são de primeira.


BRAVURA INDÔMITA

Sou grande admirador do trabalho dos Irmãos Coen, porém não sou entusiasta dos remakes dos mesmos como Matadores de Velhinhas e este Bravura.
Bravura é o maior sucesso comercial da carreira dos dois irmãos, batendo o oscarizado "Onde os Fracos não tem vez". E o povo tem gostado. Talvez por que o publico desse tipo de filme seja um pouco mais velho e seja esse o publico que hoje está voltando aos cinemas, já que os jovens da era "A Rede Social" estão vendo mais filmes baixados do que ido ao cinema.

Primeiramente é um faroeste, gênero que já foi soberano em Hollywood na era de Ouro e hoje rende apenas algumas produções B que acabam indo direto pro video. Raramente se encontra uma grande produção com grandes astros para se ver na Tela Grande. Curiosamente "Onde os Fracos..." pode até ser definido como um filme do gênero.

Não gostei da atuação apática de Jeff Bridges e de Matt Damon e nem vi graça na menina. Dificil também de tirar da cabeça a versão original com John Wayne e apesar dos Coen disserem que quiseram adaptar mais fielmente o livro , até onde me recordo não vi grandes diferenças. Mas não deixa de ser um filme bem realizado, com bela fotografia e trilha sonora.Embora alguns acusem-a de manipulativa, uma das qualidades do cinemão americano é essa de mexer com as emoções, e não há nada de errado quando bem utilizada como nesse caso.

INVERNO DA ALMA

Esse é um daqueles filmes independentes para poucos. Seco e direto, cheio de tragédias e com um elenco desconhecido. Apesar disso trás grandes atuações dos coadjuvantes que dão um interesse maior para o filme.Jennifer Lawrence não está ruim no papel porém é a mais fraca do elenco e não justifica a sua indicação para o Oscar. Já John Hawkes(que achei a cara do Paulo Miklos) foi uma indicação merecida.

De resto é um bom filme, mas que em outros tempos, onde os filmes independentes eram muito mais criativos, não faria tanto barulho.

MINHAS MÃES E MEU PAI

Assim como "Inverno da Alma" não teria grande destaque em tempos mais áureos. E assim como ele e "O Vencedor" , o grande e afiado elenco disfarça um pouco as coisas e o eleva a um grande trabalho. Mas as comparações param por ai, pois esse é bem mais leve que os citados, uma agradável comédia familiar, sobre dois irmãos que começam a se aproximar do pai biológico.

Mark Ruffalo está natural e perfeito como sempre. Annete Bening nos brinda com mais uma grande atuação e se fosse Homem levava o Oscar, mas a Academia não disfarça sua preferencia por atrizes mais jovens.

E o filme ainda conta com a magnífica Julianne Moore. Até a insossa Mia Wasikowska (de "Alice" do Tim Burton) está bem no filme. Mas não tinha mesmo grandes chances. Levou o Globo de Ouro por causa da fraca safra de comédias (tiveram que indicar até o ridículo "O Turista", que nem comédia é). A diretora Lisa Cholodenko vem trabalhado mais em televisão (À 7 Palmos, Hung, The L World) mas é dela o (somente) interessante Laurel Canyon.

TOY STORY 3

Não se tem muito mais a falar de Toy Story, certamente o melhor dos 3 filmes da trilogia, um filme para crianças de todas as idades como costumam falar. Se não tinha grandes chances no quesito melhor filme era praticamente impossível não levar o premio de animação, embora eu preferisse o francês "O Ilusionista". Talvez Toy Story não tenha me atingido tanto em cheio, uma vez que não sofro dos dilemas do protagonista e ainda conserve em minha casa meus brinquedos e artigos de infância. Curiosamente não sou dos mais afeitos a animações, salvo as que eu via quando criança.


FILME ESTRANGEIRO

De todos os indicados talvez o unico que mereçesse alguma intenção seja o ótimo "Biutiful" com
Alejandro González Iñárritu provando que não precisa do Guillermo Arriaga para apresentar um grande filme e com Javier Barden que poderia ter levado o Oscar de melhor diretor para combinar junto com o de Coadjuvante que ganhou com "Onde os Fracos não tem vez".
De resto o Grego "Dente Canino" é esquisito demais, e não diz para que veio, para levar o premio e o chato "Em um mundo melhor" que foi o vencedor é muito fraco. A diretora Susanne Bier do Dogma 95 fez o interessante "Brødre", que ganhou a versão americana "Brothers". Mas o filme, que surpreendeu ganhando o Globo de Ouro, agora tinha virado favorito. Uma pena.




Melhor atriz

Nicole Kidman depois de quase enterrar sua carreira volta a entegrar uma boa atuação em um filme um tanto quanto depressivo e que não deu muito o que falar, a deasconhecida Jennifer Lawrence é a pior do elenco de Inverno da Alma (ainda que a principal), Michelle Williams é sempre competente como em Blue Valentine, Annette Bening por "Minhas Mães e meu Pai" está excelente, mas pode ter passado da idade para ganhar (ainda que mereça) e Natalie Portman não deixou a chance passar e ganhou por Cisne Negro, seu melhor momento na carreira (sempre de ótimos papéis como em "Closer")

Melhor ator

Jesse Eisenberg (de Zumbilândia (!)) está ótimo em "A Rede Social", mas ao contrário das atrizes está novo demais para ganhar de Colin Firth de "O Discurso do Rei" e que merecia ano passado por sua ótima interpretação em "Diretor de Amar" (titulo nacional ridículo para "A Single Man")
James Franco segura a barra durante toda a projeção de "127 Horas" e seria um prêmio justo, afinal é só ele em cena. Javier Bardem está perfeito em "Biutiful" e merecia ganhar e Jeff Bridges já teve seu grande momento ano passado e está apático em "Bravura Indomita". E como personagens com algum tipo de deficiência são imbatíveis, o que esperar de um Rei gago. Naturalmente iria ganhar, ainda mais bem interpretado como foi.

Melhor ator coadjuvante

Christian Bale era o grande favorito o Vencedor por "O Vencedor". E nem sua fama de Bad Boy atrapalhou. Jeremy Renner indicado por "Atração Perigosa" só podia mesmo ser uma piada de mal gosto (alias, o que viram nesse filme que não passa de um "Supercine" com pedigree ?). Geoffrey Rush poderia atrapalhar os planos de Christina Bale por "O Discurso do Rei", mas se nem a Helena Boham Carter venceu... John Hawkes (o Paulo Miklos cover) está ótimo assim como a maioria do elenco do insosso "Inverno da Alma", que deve sua fama pelo grande elenco de desconhecidos (o que torna o fato mais admirável) e Mark Ruffalo , um de meus atores favoritos, apenas se contentou com a indicação por "Minhas Mães e meu Pai".

Melhor atriz coadjuvante

Ainda não entendi a indicação de Amy Adams, que está apenas melhor que o costume por "O Vencedor". Helena Bonham Carter está ótima em "O Discurso do Rei" (curiosamente ela narra o curta de animação "O Gruffalo" que pode levar o Oscar da categoria, já que é o único que valha algo) , Jacki Weaver , da série australiana Satisfaction, é desconhecida ja passou da idade (para ganhar) e a indicação por "Animal Kingdom" deve bastar, a bonitinha Hailee Steinfeld não me convenceu nem um pouco por "Bravura Indômita" e Melissa Leo, de "O vencedor", uma atriz camaleônica, finalmente ganhou, já que é uma das razões de "O Vencedor" ser o bom filme que é. Quem duvida da sua capacidade basta ver seus outros trabalhos e comparar com a dama que deve recebeu o prêmio.






quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

pequena folha

Sinto o como um Cancêr
Crescendo dentro de mim
Mas não está em mim

São apenas sentimentos
A ilusão de eu não poder mais ser

Mudança de identidade
Deixar de ser seu para ser dele

Quero apenas continuar pelo mesmo caminho
.














S



















.
Solidão Amiga,
Solidão que vicia
Quero ser sua
Quero ver te sozinha

Um Quarto Fechado
O Silêncio

O Vazio não é possivel

(Com os meus pensamentos nunca estou só)

Para podermos conviver com os Outros
É necessário poder ficar sozinho

Sinto falta do apenas o barulho do vento
Um Livro do começo ao fim
Transbordadando Emoções
Um filme intimista
Refletir
Poder escrever
Concluir um raciocinio

A Solidão é a melhor companheira
Não tenho medo dela
Ela sou Eu